Impostômetro marca amanhã os primeiros R$
100 bilhões de 2014
Painel da Associação Comercial de São Paulo vai registrar o valor às 11 horas;
perspectiva da entidade é de que arrecadação tributária cresça em razão da
inflação, do crescimento econômico e do corte de incentivos fiscais
Os primeiros R$ 100 bilhões em tributos arrecadados neste ano serão
registrados nesta quinta-feira (16/1), às 11 horas. A informação estará no
Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), localizado na
Rua Boa Vista, centro da capital paulista.
O painel aponta o valor total de impostos, taxas e contribuições destinados à
União, aos estados e aos municípios. No ano passado, os primeiros R$ 100
bilhões foram registrados dia 23 de janeiro (7 dias mais tarde), revelando
aumento da carga tributária.
O presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado
de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, alerta que essa carga vai aumentar ao
longo de 2014 e explica as causas. “A arrecadação tributária vai continuar
crescendo por fatores como inflação e crescimento da economia; e também
pelo corte de incentivos fiscais concedidos anteriormente, como o do IPI para
automóveis”, afirma Amato. “A perspectiva”, acrescenta ele, “é de que não
tenha redução de tributos durante este ano em razão da situação fiscal
apertada”.
Pelo portal www.impostometro.com.br, é possível levantar os valores que as
populações de cada estado e município brasileiro pagaram em tributos e
também visualizar o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro
arrecadado.
Volta às aulas
Levantamento feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e
Tributação) – cujos dados abastecem o Impostômetro – revela a carga
tributária embutida nos produtos relacionados com a volta às aulas. Entre os
itens analisados, o que possui maior carga é a caneta: do preço final desse
produto, 47,49% são impostos. Uma simples régua possui 44,65% de
impostos. Já agenda, apontador e borracha apresentam, cada um, 43,19% de
taxas.
Para vestir as crianças, os pais também vão pagar impostos altos: as cargas
tributárias do tênis nacional e do importado são de 44% e 58,59%,
respectivamente; e roupas têm 34,67% de impostos.